sábado, 30 de janeiro de 2010

Seca leva prefeito a decretar emergência em Janaúba


JANAÚBA (por Oliveira Júnior) – A zona rural do município de Janaúba está em situação de emergência devido à estiagem que predomina na região. A baixa precipitação pluviométrica, que ocorreu de forma irregular, não foi suficiente para recuperação dos mananciais que abastecem as comunidades rurais por onde passam os rios Gorutuba, Mosquito e Quem-Quem. Essas condições de veranico também afetam a vazão dos poços artesianos, pois a falta de chuva prejudica o lençol freático. Diante dessa conjuntura desproporcional ao desenvolvimento sócio e econômico da zona rural, o prefeito de Janaúba, José Benedito Nunes Neto (PT), declarou Situação de Emergência pelo período de 90 dias.

No último trimestre do ano passado choveu mais do que os três últimos meses de 2008, porém as chuvas ocorreram com vários períodos de estiagem de uma a três semanas. Em novembro passado, por exemplo, ocorreram chuvas em apenas três dias: 1º e nos dias 2 e 11. A chuva seguinte foi em 1º de dezembro e nos dias 4, 5 e 6, retornando nos dias 14, 15, 21, 27 até o dia 31. Somente no dia 30 de dezembro de 2009 choveu 61 milímetros (no mês choveu 6,7% a mais em relação a dezembro de 2008).
Essa grande quantidade de água causou danos em moradias e vias públicas e pouco adiantou para as lavouras. De acordo com o Instituto Nacional de Meteorologia, na primeira semana de janeiro de 2010 choveu apenas 6,5 milímetros, enquanto que nos sete primeiros dias de janeiro de 2009 choveu em Janaúba o correspondente a 85,3 milímetros, totalizando 215,6 milímetros.
“Estamos com mais de uma semana sem chuva e podemos concluir este mês com menos chuva do que em janeiro de 2008 quando a precipitação pluviométrica foi de 94,8 milímetros”, citou o prefeito José Benedito ao considerar o decreto de Situação de Emergência devido a degradação das áreas de pastagens causados pela seca, o que prejudica a criação de animais e, sobretudo, a falta de água para consumo humano, forçando algumas famílias a se deslocarem para os centros urbanos.

Nenhum comentário:

Postar um comentário